Subcomandante do CPRL detalha sobre prisão de PM que fugiu do Batalhão de Choque

O subcomandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPR-L), tenente-coronel Müller explicou ao Acorda Cidade como se deu a prisão do soldado da Polícia Militar, Diego Kollucha Santos Vasconcelos, recapturado em Feira de Santana na última sexta-feira (29), após fugir do Centro de Custódia no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. Segundo a polícia, Kollucha se entregou após cerco montado pelas forças de segurança.

O soldado é o principal suspeito de matar a gerente de mercado, Juliana de Jesus Ribeiro, de 30 anos, em julho de 2022, no recôncavo baiano. Na manhã da última quarta-feira (27), ele havia fugido da Coordenadoria de Custódia Provisória (CCP), em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

PM suspeito de matar gerente de mercado no recôncavo da Bahia
Foto: Redes sociais

Segundo o tenente-coronel Müller, o Centro de Custódia funciona dentro do Batalhão de Choque, mas é vinculado à Corregedoria. A ação de captura do PM aconteceu em parceria com o Grupamento Aéreo da PMBA (Graer) na ‘Operação Sangue Frio’ deflagrada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA). Após a fuga, toda uma rede de proteção foi acionada para prender o policial.

“Em uma ação do Gaeco para cumprimento de mandado de prisão deste mesmo policial militar, por razões que ainda serão apuradas pela corporação, ele conseguiu evadir-se. E, evadindo-se, deflagrou todo o sistema de proteção para que a gente pudesse fazer as diligências necessárias na sua captura. Foi acionado todo o sistema de inteligência da Polícia Militar, da Secretaria de Segurança, em parceria com a Polícia Civil. E a partir dos monitoramentos que nós já vínhamos fazendo, a essa altura, o cidadão, quando ele evade do sistema prisional, vai buscar algum tipo de ponto de apoio, invariavelmente. E nós fizemos o monitoramento de todas as pessoas com quem ele poderia ter contato”, informou o subcomandante.

Segundo o tenente-coronel Müller, o policial capturado chegou à Feira de carona, sem celular e sem documentos, estando apenas com uma carteira de cigarro na mão. Imagens foram rastreadas desde a saída de Kollucha em Salvador até chegar em Feira de Santana. Ainda segundo as informações, o policial pretendia se entregar.

“Já em Feira de Santana, conseguimos ter o alcance de uma imagem que mostrava ele desembarcando em um certo ponto da cidade. E a partir daí, mais ou menos, deflagramos as ações direcionadas aos eventuais pontos de apoio, familiares, amigos, colegas, e logramos, através do cerco que foi montado, que em dado momento, por volta de meio-dia de sexta (29), ele procurasse através de um interlocutor, o comandante da 57ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), Major Leal, dando conta de que pretendia se entregar”.

Ainda segundo o tenente-coronel Müller, a polícia acredita que, pela rigidez do cerco que foi montado para a captura do policial, ele acabou reconhecendo que não tinha condições de fugir e por essa razão resolveu se entregar.

“O coronel Lopes a todo tempo monitorou as informações, o nosso Serviço de Inteligência e nossas unidades operativas, em especial, a Rondesp, atuaram de forma exemplar e incorrigível, e com todo aparato que foi montado, o Batalhão de Choque, o Comando de Inteligência da Polícia Militar, o Comando da Região Leste, na pessoa do coronel Lopes. Conseguimos apertar esse cerco e a melhor alternativa que o policial teve, e demonstrou inclusive sensatez nisso, foi de se entregar”.

O policial encontra-se em uma unidade prisional aguardando a deliberação da justiça.

“Ele teria contra ele a cumprir um mandado de prisão pela morte de uma mulher, em que ele é acusado por essa morte em Saubara, e agora a responder à justiça pelos crimes que eventualmente tenha cumprido”, informou ao Acorda Cidade o tenente-coronel.

Fonte: Acorda Cidade

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